
Fitoterapia é a ciência que estuda e usa as plantas medicinais (ou ervas) no tratamento de doenças.
Fitoterapia, vem das junções dos termos gregos: phyton = vegetal + therapia = tratamento. "Terapia pelas Plantas".
O poder de cura das plantas é tão antigo quanto o aparecimento de nós humanos na terra. As primeiras civilizações já haviam percebido que algumas plantas continham em suas essências, princípios ativos os quais, ao serem experimentados no combate às doenças, revelavam seu poder curativo.
Imagina-se que foi por meio da observação dos animais que o homem iniciou a utilização das plantas terapêuticas para a cura de males. Quem nunca viu seu animalzinho de estimação comendo uma planta no quintal?, com certeza ele não estava se sentindo bem para fazer isso, e sabia que a planta lhe traria algum benefício.
Durante muito tempo, o uso das plantas medicinais foi o principal recurso terapêutico utilizado para tratar a saúde. Toda a informação acumulada sobre o uso de plantas medicinais foi inicialmente transmitida oralmente, de geração em geração, e só após o advento da escrita, foi compilada em livros.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas dos países em desenvolvimento no mundo dependem da medicina tradicional para as suas necessidades básicas de saúde e aproximadamente 85% da medicina tradicional envolve o uso de plantas ou extratos destas.
Referente às plantas medicinais, não podemos deixar de ressaltar que o conhecimento adquirido sobre essas espécies, seus usos, indicações e manejo, são uma herança dos antepassados, que, de forma tradicional, têm passado seus conhecimentos de geração em geração, desde os tempos mais remotos até os dias atuais. Assim, o processo de utilização das plantas em práticas populares e tradicionais, como remédios caseiros e comunitários, é conhecido atualmente como medicina alternativa.
Os chineses, egípcios e gregos foram os primeiros a catalogar as ervas medicinais, classificando-as de acordo com a sua forma, cor, sabor e aroma, incluindo ligações com os astros e, evidentemente, com seus atributos mágicos. Desta forma, as plantas foram, ao longo das diversas gerações, sendo manipuladas e utilizadas para as mais diversas finalidades terapêuticas, gerando um rico conhecimento tradicional.
No Brasil, a utilização das plantas não só como alimento, mas também como fonte terapêutica teve início desde os primeiros habitantes que aqui chegaram, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos paleonídeos amazônicos, dos quais derivam as principais tribos indígenas do país. Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período, além das pinturas rupestres.
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (Anvisa) as Plantas Medicinais são plantas capazes de tratar ou curar doenças. Essas plantas têm tradição, pois são usadas como remédio em uma população ou comunidade. Para que sejam usadas, é necessário conhecer a planta e saber onde colher e como prepará-la.
Já o Fitoterápico é o resultado da industrialização da planta medicinal para se obter um medicamento. Assim, a diferença entre planta medicinal e fitoterápico reside na elaboração da planta para uma formulação específica, o que caracteriza um fitoterápico.
Atualmente, os remédios à base de extratos vegetais estão modificados por causa da revolução tecnológica. No entanto, a utilização de avançados recursos não deixou para trás os conhecimentos medicinais tradicionais. Portanto, o que se tem observado nas últimas décadas é um acentuado aumento nas pesquisas de caráter interdisciplinar que buscam a documentação do conhecimento relativo aos “povos tradicionais”, em que suas interações ecológicas, simbólicas e culturais com as plantas representam um aparente retorno à revalorização dos processos de cura com espécies medicinais.
A partir da portaria 886 de 20/04/2010, alguns dos medicamentos fitoterápicos foram incluídos no SUS (Sistema Único de Saúde).